domingo, agosto 28, 2005
REENCONTRO COM A INFÂNCIA
Uma vez Ziraldo me disse numa entrevista que não se sentia velho, não se enxergava velho. "Se não fossem os espelhos e os amigos de infância, a gente não envelheceria", completou. Essa frase ficou na minha memória e voltei a pensar muito nisso desde ontem.
Fui à um feliz encontro de amigos do colégio. Apesar de ser jovem já tenho um passado considerável, e tenho muito orgulho dele. São quinze ou vinte anos sem ver pessoas queridas que fizeram parte da minha história por um longo tempo. Na época do colégio formava-se uma família, e a gente seguia com ela durante muitos anos. Do primeiro período até a oitava série são dez anos de convivência com as mesmas pessoas. E de repente ninguém mais se vê.
A infância ficou para trás e com ela nossos amigos mais sinceros. Quando somos crianças o sentimento que brota é verdadeiro, sem interesses, único e duradouro. Assumimos vários papéis e delegamos outros às pessoas. Tem a melhor amiga, tem o menino mais lindo da sala com seu melhor amigo, existe aquela menina tímida e simpática, a mais safadinha que adora se exibir, o galã conquistador, o cdf, o maluco beleza, o bagunceiro da turma, o engraçadinho ou engraçadinha e a beldade admirada e cobiçada por todos os meninos. Alguns insistem em assumir um papel e seguí-lo por toda a vida, outros mudam de acordo com a conveniência.
Por isso é tão interessante reencontrar pessoas que você gosta e não vê a tanto tempo. Dá um frio na barriga ao constatar que todos os sentimentos ficaram guardados numa gaveta dentro de você. Ao ver o rosto de um amigo de infância você se vê de novo, volta no tempo, viaja dentro de si mesmo e tira a poeira do seu coração.
Depois de rever meus amigos de colégio, rejuveneci. As rugas que querem começar a aparecer foram embora, os cabelos brancos desistiram de nascer e um sorriso insistia em brotar no meu rosto a cada minuto.
Saí da festa discordando do Ziraldo de certa maneira. Meus colegas me fizeram voltar a ser criança, voltar a ter 10 anos de idade e me sentir leve. Eles me pareceram muito jovens por dentro e por fora. Lindos e carinhosos comigo, como sempre foram. A sinceridade nos olhos de uma pessoa é tão raro hoje em dia que me comove quando a percebo. Eu olhei para eles e por incrível que pareça não fiquei pensando: "nossa como o tempo passou!" Não! Eu percebi que o tempo não passa. O tempo fica congelado, esperando a gente querer voltar até ele e sorver aquilo que está latente. Assim, volto aos bons tempos quando quiser, com a ajuda de quem os viveu comigo. "Se não fossem os amigos de infância a gente envelheceria muito mais rápido!"
Postado por Carol ás
8:28 AM|
quinta-feira, agosto 25, 2005
ANIVERSÁRIO DE CASAMENTO
Já são quatro anos de casada. Parece que foi ontem, E parece que tem muito mais tempo.
Hoje vou comemorar em dobro, trabalhando junto com o maridão num coquetel que estou brincando que é em nossa homenagem, e depois brindaremos sozinhos.
Pela primeira vez posso comemorar de verdade pois nós já somos uma família completa, os sonhos mais importantes já estão realizamos e agora é só cultivar para mantermos o que conquistamos.
Só tenho a agradecer a Deus pelas dádivas que tenho recebido,
à vida por me mostrar os muitos caminhos e escolhas
e ao Fernando pelo desejo e por me escolher todos os dias.
Postado por Carol ás
3:06 PM|
quinta-feira, agosto 18, 2005
OLFATO
Quando nos falta a capacidade de sentir os odores à nossa volta é que nos damos conta de como isso é primordial à nossa existência. Muito se fala de como é triste e sofrido perder a visão. O mundo é tão lindo e colorido que sentimos muito pesar ao ver uma pessoa que não pode desfrutar de tudo isso. Muito se comenta de como é penoso para alguém que não escuta e não fala, a dificuldade que isso causa num mundo tão dependente da comunicação oral como o nosso. Como alguém sobrevive sem ouvir música ou o cantar dos pássaros, o som de uma cachoeira?
Nunca, porém, ouvi casos com pessoas tristes por um parente que perdeu o olfato.
E eu percebi nesses últimos dez dias sem sentir cheiro, devido à uma alergia, que isso também é uma tragédia.
Sem os cheiros não reconhecemos quem somos, o que fomos no passado, as nossas coisas, nossa comida. E o pior: o gosto do que a gente come se resume em diferenciar o doce do salgado, mais nada. Que aflição isso causa!
Quando eu era pequena, tinha uma criação de coelhos. Rapidamente as coelhinhas começaram a dar cria sem parar. Infelizmente, os bebês-coelho não sobreviviam. Era inacreditável, mas a mãe comia os próprios filhotes. Não sabíamos como lidar com isso, então procuramos ajuda especializada. Um veterinário nos explicou que a mãe comia o filho pois não reconhecia o cheiro deles depois que nós tocávamos nos filhotinhos. O cheiro da nossa mão transformava o filho amado em comida!
Ele nos ensinou várias coisas para ajudar a coelha a dar a luz, mas principalmente, a passar uma folha de hortelã nas mãos toda vez que fôssemos tocar na gaiola ou em algum filhote.
Lembrei-me muito dessas coelhinhas que tanto julguei na minha infância ao abraçar o meu filho e não sentir o cheiro dele. Realmente para uma mãe é imprescindível sentir o cheiro da cria. Eu tenho essa mania de dar uns cheiros no meu filho toda vez que me encontro com ele. Admito esse lado primitivo em mim. Ainda bem que não estava com fome na hora...
Postado por Carol ás
12:51 PM|
domingo, agosto 07, 2005
MAIS SOBRE O MESMO
Davi já está praticamente sem gripe! Era gripe mesmo. Quando sarou a infecção na garganta ( e sem antibiótico, acredita?) começou a tossir e entopiu o nariz um pouco. Agora já está medicado e dormindo super bem. Achei que ele ia me dar trabalho estando doente, mas nada! Um anjo!
Fomos ao clube ontem e mais uma vez me impressionei com a ligação dele com a música. Tinha uma caixa de som lá que ele queria comer, entrar dentro dela. Ficava dançando o tempo todo nos levando em direção ao local de onde a música vinha! Incrível! E ele só tem nove meses!
Adora um batuque, prova maior disso é que teve uma obra aqui embaixo da janela dele. Uma furadeira, quebrando o asfalto! Era só começar o trumtrumtrum, que ele fazia movimento de dança!
Quando coloco um cd ele canta e dança junto. No intervalo de uma música a outra ele reclama: "EH EH"! Com a cara de quem está dizendo: "TOCA MAIS AÍ!"
Eu não sou profissional, deixo isso pro tio do Davi, mas sempre ouvi muita música, cantei muito o tempo todo a vida toda. Na gravidez não foi diferente, nem quando ele nasceu. Só que agora ele tá conseguindo me superar. Davi tem um tamborzinho, que ele toca de vez em quando; O Vovô Antônio empresta sempre o mini teclado que sempre brincou com a gente e agora passa pro neto. Ele dança e toca chamando a nossa atenção pra ver e ouvir o que ele está fazendo.
Sem contar a vez que fomos com ele numa apresentação de congado. Veja clicando aqui. Ele me inspirou a escrever o texto que está lá.
P.S: Davi fez nove meses muito feliz e se preparando para tomar duas vacinas. Affff!
Postado por Carol ás
10:15 AM|
quarta-feira, agosto 03, 2005
NOVIDADES CURTAS
* Acabo de chegar de um trabalho tranqüilo, com pessoas legais, assunto interessante de se escrever... Coquetel depois, fui trazida em casa, roteiro simples...tudo perfeito. Raridade!
* Tive que deixar o gatinho com a vovó dele por causa do JOB. Tô aqui morrendo de saudades. Essa casa parece um cemitério sem ele.
* Ele vai dormir longe de mim e eu estou aqui evitando a hora de deitar por não saber mais fazer isso sozinha. Ser mãe é isso, qdo temos tempo pra aproveitar ficamos feito bobas e cheias de preocupação.
* A febre já passou, nem precisou do antibiótico! Esse menino é forte demais. Nem me deu trabalho nem nada...
* Já tá cantando, dançando e sorrindo como sempre. E engatinhando pela casa! FOFURA!
* Conheci e provei deste buffet: www.bouquetgarni.com.br
Fiquei encantada com a criatividade das duas chefs de cozinha! São mulheres sim! Para provar que esse não é um lugar só de homens. O site é ótimo e tem receitas, elas são generosas a este ponto! Foi ótimo sair da mesmice e experimentar por exemplo suco de abacaxi com gengibre; mini tapioca com requeijão marmelada; fios de ovos com bacon... hummmm... O regime que resolvi começar hoje vai ter que esperar até amanhã!
Postado por Carol ás
10:04 PM|
segunda-feira, agosto 01, 2005
A PRIMEIRA FEBRE DO DAVI
Achei que o Davi nunca ficaria doente. De certa forma eu esperava que ele ficasse assim, perfeito de saúde, até um ano pelo menos. Senti desde ontem que ele estava meio quente. Pus o termômetro e... febre!!!! 37,5 graus, febril mesmo. Não consegui descobrir o motivo pois ele não estava com nenhum sintoma de gripe, nem resfriado e nem virose. Não estava chorando, nem reclamando. O ouvido está perfeito, sem dor. Urinando direitinho e o cocô lindo como sempre. rs...
Fiquei preocupada, mas com o Tylenol a febre cedeu, mas era só passar as 4 horas do remédio que voltava a febrinha.
Fui ao pediatra hoje porque a febre continuou. Ele não está chorando mas fica com a carinha meio triste e está muito menos agitado do que o normal. Dormindo mais e com as bochechas rosadas.
O médico viu a diaba da garganta vermelha e inchada. Receitou o tylenol se a febre persistir e o anti-inflamatório em gotas. Eu queria mesmo era dar um antibiótico logo de uma vez. Esperar ficar bem mal pra dar o remédio é realmente uma tortura. Ele pediu para observar e voltar lá se a febre não ceder até quarta. Vamos esperar. Gente, torçam pelo meu lindinho, que mesmo doentinho não pára de sorrir pra todo mundo.
Então está anotado: primeira doença do Davi com quase nove meses. Espero que não seja nada e que ele sare logo.
Postado por Carol ás
5:33 PM|
