terça-feira, novembro 30, 2004
O Davi no seu primeiro mês de vida deu um trabalhão danado pra mim, já que não sabia nada de bebês. É muita coisa ao mesmo tempo e é duro ter que aprender tudo na marra ouvindo o choro desesperado dele. Se não fosse a ajuda imensa da minha mãe, acho que não teria conseguido.
Ainda falta muito pra que eu possa dizer: "Pronto, agora as coisas se acalmaram". É um processo lento de conhecimento entre nós. Cada dia é uma descoberta, uma dificuldade superada, uma hora a mais de sono (dele e meu). Aos pouquinhos vou me sentindo mais segura e mais calma.
Ele sabe o que quer e não tem medo de gritar a todo pulmão. Fica vermelho, roxo de raiva quando não descubro no mesmo segundo o que ele tá querendo. Não gosta muito de banho pois sempre acha que vai cair, se sente inseguro e gruda as mãos na nossa roupa, nos braços... Só quando o viro de bruços ele se acalma e aproveita o momento. Depois ele relaxa, mama e dorme um tempão.
E por falar em mamar! Desde o primeiro momento essa é a especialidade do Davi. Suga como ninguém. Que força ele tem, gente! Impressionante! Sempre dou os peitos a hora que ele quer. Às vezes fica meia hora em cada um e solta uns arrotões altos depois. Ser mãe é ter sua felicidade resumida a um arroto!
Ele é um garoto prodígio. Já é. Afinal mexe tanto, tem tanta agilidade! Faz umas expressões que parece uma criança feita num corpo de recém-nascido. E todo mundo tá falando que ele tem cara de rapazinho e não de bebê. E, adora música pois fica quietinho quando eu canto pra ele ou quando ligo o móbile dele.
De manhã ele adora ficar no bebê conforto e dá uma folga pra gente, que geralmente fica acordado quase a noite toda. Ele acorda de 3 em 3 horas pra mamar, mas demora uma hora pra terminar todo o processo: mamar, arrotar, trocar fraldas e ninar. Já tô me acostumando a dormir pouco. Afinal, pra quê dormir? Pra perder momentos tão sublimes com meu lindinho? De jeito nenhum! O tempo passa rápido demais. Ele já cresceu mais de dois centímetros nesses poucos dias. Nesse ritmo, daqui a pouco já tá me carregando no colo.
CAROL
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10:30 AM|
sábado, novembro 27, 2004
fonte: www.mulheresdepeito.blogger.com.br
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9:02 AM|
quinta-feira, novembro 25, 2004
SEM VERGONHA
por Fernando
Às vezes me pergunto se o Sidney Magal em algum momento pensou que ele pudesse se parecer com o Elvis Presley. Não que eu ache que ele se parece, mas às vezes acho que ele acha que parece. Fazia aquele topete e umas caras de galã com o pescoço um pouco torto e um olhar fulminante, achando que estava arrasando. Fez a coisa certa na verdade. O primeiro passo para fazer sucesso e arrasar com as mulheres é pensar que É um sucesso e que todas as mulheres o amam. Muitos o apedrejaram, chamaram de barango e viado, mas ele continuou firme, porque tinha um propósito e acreditava no que fazia. Não teve vergonha de fazer o que achava que sabia fazer bem e acabou sendo realmente um sucesso (pelo menos pras nêga dele). A experiência de adquirir vergonha até certo ponto faz bem pras pessoas, mas a vergonha atrapalha demais.
Se o Sidney Magal tivesse um pingo de vergonha na cara, ele jamais teria feito o que fez e jamais teria vendido disco nenhum, nem teria ido ao Chacrinha, nem feito novela, nem feito nada na vida. Não teria sido chamado de brega, mas também não teria feito o sucesso que fez.
Eu, como fotógrafo, tive a oportunidade de fazer um trabalho em algumas escolas Salesianas e para isso tive que fotografar várias crianças de todas as idades. As melhores foram as de idade entre 2 e 5 anos. A partir dos 14 anos, os meninos já têm vergonha e isso atrapalha tudo. Os menos de 3, 2 anos eram só alegria, faziam careta, se divertiam, riam de tudo. Os adolescentes não, fechavam a cara, se escondiam, saíam correndo, davam o maior trabalho. Portanto minha gente, percam a vergonha. Libertem a criança que existe em vocês! Não se importem tanto com as críticas. Mesmo se alguém disser que você é barango ou viado, continue fazendo aquilo que gosta e acredita. O bom da vida é a gente poder fazer o que gosta, sem medo, sem vergonha!
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10:00 AM|
terça-feira, novembro 23, 2004
HOJE POSSO DIZER QUE NUNCA SOUBE, DE VERDADE, O QUE É TRABALHAR NA VIDA.
AGORA EU SEI, MUITO BEM.
Carol
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8:33 AM|
quinta-feira, novembro 18, 2004
O ENCONTRO
Vi o pediatra com ele nas mãos, todo sujinho de sangue e berrando feito louco. O Nando andava de lá pra cá, chorando sem parar. Esqueci completamente de que estava sendo costurada e assisti a todo processo de limpeza dele.
Por que chora tanto, meu Deus? Minha mãe logo me tranquilizou dizendo que era para os pulmões entrarem em ativa.
O Fernando pegou ele no colo e eu ainda estava petrificada com o fato de que ele realmente tinha chegado e estava no colo do pai. Ele trouxe até a mim e eu dei um beijinho na sua cabeça.
Logo ele foi identificado com uma pulseirinha azul que dizia: "RN DE CAROLINA"/ 06 de nov/8h47/ 47,5 cm/ 2915kg. O pediatra me mostrou e colocou uma igualzinha em meu pulso. Só poderia retirá-la na hora de sair do hospital.
Já limpinho, Davi foi colocado em mim. Ele chorava muito e eu tremia feito vara verde. Disse que o amava, muito. Só conseguia dizer isso. A emoção tomou conta de mim, a ponto de achar que não ia conseguir segurá-lo de tanto tremer. O Dr. Henrique brincou que se eu não conseguia segurar meu filho, ele ia levar pra ele!! A sensação de sentir o corpo dele e a pele tão macia e fofinha nos meus braços é inesquecível. Pedi pro Nando pegá-lo no colo de novo. Eu não me cansava de olhar os dois, bens mais preciosos da minha vida... Como ele chorava muito eu disse: "Fala com ele, Nando. Ele conhece a sua voz". Ele disse olhando bem de pertinho: "Oi Davi.Oi bonitinho!" E não é que ele diminuiu o choro até parar??!!
CAROL.
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10:18 AM|
segunda-feira, novembro 15, 2004
O PARTO - parte 3
Me levaram de maca para uma sala que até assustava de tantas luzes e aparatos médicos, panos e instrumentos de tortura. Deu para ter uma noção do quão séria era a situação em que me encontrava. O Dr. Henrique disse que a sala com visor estava disponível e perguntou se eu queria trocar para minha família assistir ao parto. De início eu tinha dito que não queria pois achava um momento tão íntimo que só caberia a mim e ao Nando, mas só estavam meu pai, minha mãe e minha irmã, então resolvi concordar. Ele me prometeu que não dava pra ninguém ver nada da cirurgia, só o bebê.
Ao deitar na cama começaram os preparativos para a cirurgia. Colocaram um aparelho para acompanhar meus batimentos cardíacos e soro na veia. O anestesista, Dr. Rodrigo se apresentou e com muita calma me explicou como ia ser a peridural. Me pediu que me assentasse e o Dr. Henrique segurou minhas duas mãos e ficou em pé em minha frente. "Agora você pode apertar minhas mãos se sentir alguma coisa. Só tente não sair do lugar. Curve suas costas". Foi o que fiz e senti um líquido se alastrando pelas minhas costas inteiras depois que ele enfiou a agulha que até fez um barulho ao entrar na minha coluna. Não foi nem um pouco agradável.
Me deitei e ao notar a enfermeira cobrindo minha visão com um enorme pano azul, me passou um filme na cabeça e me lembrei dos nove meses de espera e a quantos vídeos de parto eu assisti. Sempre tinha esse pano azul na frente da mãe, agora era minha vez.
Os preparativos estavam prontos e vi o Nando entrar com aquela roupa azul com cara de assustado, olhando para mim. Eu estava muito tensa, mas quando o vi, abri um sorriso enorme e disse "oi". Ele só repetia: "Vai nascer Carol, vai nascer. Vai nascer Carol, vai nascer". Ouvi uma voz familiar: "Olha quem está aqui!" Era minha mãe com a câmera nas mãos dizendo que ia fotografar o Davi saindo da minha barriga. Nem acreditei na coragem dela. Eu não seria capaz de fazer o mesmo. Ela ficou firme.
Um simpático senhor de cabelos brancos se apresentou como o pediatra, falou um monte de coisas que não consigo me lembrar agora. A emoção faz isso com a gente, mas gostei dele. Ele me perguntou se eu queria dar de mamar em seguida do nascimento. Achei melhor não, com tanta parafernália em mim e à minha volta não ia ter graça nenhuma. E, sinceramente, duvidei da minha capacidade emocional.
Minhas pernas já estavam dormentes mas eu sentia minha pele e fiquei preocupada. Será que a anestesia pegou? O Dr. disse que era assim mesmo. Eu ia sentir, mas não ia doer. Duro acreditar nessa mágica.
Eu já estava ofegante de tanto medo e emoção quando o Dr. Henrique disse: "Quando eu puder começar você me avisa". No desespero eu disse que não podia, depois mudei de idéia e disse que ele que tinha que resolver a hora. Ele já estava me cortando, claro, conhecia já esse truque dele. Não senti nada, mas na hora de tirar o Davi de dentro de mim, foi um tranco só. A cama tremeu, senti que estavam arrancando minha alma de dentro de mim. Por um segundo me senti vazia, um nada. Só ouvia o choro do Nando do meu lado e a voz do médico dizendo: "Você já nasceu Davi, pode chorar!" Quando ouvi o som do choro dele, entendi e acreditei que realmente tinha um ser humano dentro de mim. E o seu primeiro som, ouvir seu choro, me fez entender porque valeu a pena ter vivido: para chegar àquele momento.
...to be continued...
CAROL.
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5:55 PM|
domingo, novembro 14, 2004
O PARTO - parte 2
Ficamos esperando um bom tempo pelo enfermeiro que ia me conduzir para a sala de pré-parto. Eu estava meio trêmula mas segurando a onda. Ele me levou sozinha porque o Nando foi levar as malas para o apartamento. Pensei: "Agora é só comigo".
Chegando lá eles trocaram minha roupa e fizeram a lavagem intestinal, que eu tanto temia. Não foi tão horrível como eu pensava, e nessa situação pus na cabeça de viver passo por passo do processo, para não ficar muito ansiosa pensando que não ia dar conta de colocar alguém no mundo.
Em seguida, a enfermeira pegou uma veia minha para começar a indução com ocitocina. Ui, a dor foi ficando insuportável. Ela ligou um aparelho em que dava para ouvir bem alto o coração do bebê batendo e eu fui me distraindo com aquele som maravilhoso. Naquele momento não havia mais nada que eu queria escutar mesmo!
Finalmente o Dr. Henrique chegou brincando: "E aí, já nasceu?". Ele sentou do meu lado e ficou acompanhando as contrações e conversando comigo. Ele me deixou calminha, calminha. Quando resolveu fazer o 'toque' fez uma carinha desapontada e disse: "Só dois centímetros até agora e a cabecinha ainda está flutuando". Já estava esperando ele dizer que tínhamos que fazer uma cesárea e foi isso mesmo que aconteceu. Disse ainda que seria arriscado demais tentar o dia inteiro e de repente ter que correr comigo para fazer uma cesárea de emergência. Comecei a chorar na hora. Eu queria participar do parto, sabe? Ele me tranquilizou dizendo que os dois tipos de partos são tranquilos e ao mesmo tempo os dois tem dificuldades. Se o problema é o medo do corte, os dois têm. Engoli seco e disse: Vamos lá então!
...to be continued...
CAROL
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9:20 AM|
sexta-feira, novembro 12, 2004
O PARTO - parte 1
Quando fui ao banheiro e vi que estava saindo uma gosma tipo clara de ovo de mim, desconfiei. O médico disse que era o tampão saindo, que era assim mesmo, o processo é demorado. Poderia levar mais uma semana de espera. Durante o dia todo foi assim. Às onze horas da noite começou a sair sangue, então liguei de novo pro obstetra. Ele continuou naquela calma e disse que o tampão sai assim mesmo. Comecei a sentir contrações, que imaginei fossem as de Braxton-Hicks. Quando começaram a se repetir de dez em dez minutos imaginei que estava começando o processo. Eu lá, deitada na cama, com uma lua iluminando meu barrigão e morrendo de dor. E o sangue saindo! Não quis ligar pro médico de madrugada com medo dele me mandar esperar e achar que sou muito desesperada então resolvi ir para o hospital para ouvir da médica de plantão que ainda não era a hora. No fundo não acreditava que tinha chegado minha vez.
Fomos com toda calma do mundo, colocando as malas no carro e dirigindo até o hospital, que por sinal fica muito longe da minha casa. Como eram cinco horas da manhã chegamos rápido e sem stress. O Nando contando as contrações pra mim, como fez comigo desde o início. Acompanhou tudo.
A médica de plantão custou a me atender. Fiquei sofrendo numa cadeira lá, mas fiquei super calma. Quando ela finalmente chegou, de cara amassada, percebi que devia estar dormindo. Nem liguei pois imaginava que ia voltar pra casa.
Ela fez um toque que doeu como nunca, disse q o bebê estava bem e que iria ligar para o meu médico pois meu cólo do útero já estava fininho. "ÔPA! Então não estou doida."
Fiquei a observando ligar pro médico. Ela chamou o Fernando e disse: "Vamos interná-la agora e começar os preparos pro parto normal". Eu ouvi isso de longe e desabei a chorar. Não sei o motivo: emoção, aflição, medo, felicidade. Fiquei alisando a minha barriga e despedindo dela. Conversei muito com o baby pra acalmá-lo e pra entrarmos numa mesma sintonia. Pedia ajuda a ele, prometi ajudá-lo também nessa hora. Foi um momento muito sublime. Ele mexeu muito para mim. Agradeci por sentí-lo aqui dentro de mim pelas últimas vezes.
Enquanto isso o Fernando foi ligar para a família avisando que o Davi ia nascer naquele dia.
...To be continued...
CAROL.
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10:33 AM|
quarta-feira, novembro 10, 2004
ESTAMOS EM CASA
A mamãe de primeira viagem está muito feliz e aprendendo muito com o pequeno Davi. Ele é forte, sabe o que quer e tem muita saúde. Quando chora é pra valer, pra arrasar os quarteirões. Mama como um bezerrinho e fica horas curtindo os peitos. É uma delícia ficar por conta de tudo que envolve seus primeiros dias de vida. Apesar de estar com muitas dores, por causa da operação, e ainda insegura, acho que estou me saindo muito bem. Minha mãe está do meu lado o tempo todo, ajudando como nunca. E a família do Nando em peso está presente e muito alegre com a chegada do baby.
Ando meio sem tempo de escrever, claro, mas em breve vou relatar o parto com detalhes. Foi, sem dúvida, o dia mais emocionante da minha existência.
Nessa foto o Davi tinha poucas horas de vida e já estava arrasando corações!
Postado por Carol ás
9:41 AM|
sábado, novembro 06, 2004
NASCEU! NASCEU!! A uma hora da madrugada Carol começou a sentir contrações de 10 em 10 minutos. Resolvemos esperar. Quando foi 5 horas da manhã as contrações ainda continuavam e já tinha saído bastante sangue, fomos por hospital. As 07:00 o médico chegou e tentou induzir o parto normal, mas não foi possível, ela só tinha 2 cm de dilatação. As 8:47 o Davi nasceu de cesariana pesando 2,915 Kg e medindo 47,5cm. Uma curiosidade: nasceu de pau duro. Carol está passando muito bem e se Deus quiser sai do Hospital amanhã mesmo (domingo). Quem quiser ver a foto do Davi vai em www.grilo.flogbrasil.terra.com.br e deixe seu comentário! Abraços, Papai do Davi.
Postado por Carol ás
7:01 PM|
quinta-feira, novembro 04, 2004
PENÚLTIMA CONSULTA
Como sempre o Dr. Henrique disse: "Tá tudo ótimo, filhota". Claro que isso me deixa muito feliz, mas desta vez fiquei esperando ouvir algo mais. Infelizmente foi tudo o que ele disse, além de fazer uma cara de satisfeito ao ouvir o coração pulsante do bebê e sentí-lo mexer.
O Davi ainda não encaixou... O colo do útero continua na mesma, fechadinho e não está afinando como esperado. De qualquer forma ainda faltam alguns dias, e tudo pode acontecer, mas o médico acha que ele não vai querer adiantar não.
E quanto à famosa pergunta: "É parto normal ou cesárea?" Respondo que ainda não temos certeza de nada, mas se continuar assim vou ter que entrar na faca e encarar a operação. Penso que tenho que só me importar com a saúde do neném, então procuro não ficar muito neurada com isso.
CAROL
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8:58 AM|
segunda-feira, novembro 01, 2004
* Finalmente assisti a Kill Bill e cheguei à conclusão, mais uma vez, que o Quentin Tarantino é um louco sarcástico e sádico. Não é o melhor filme dele, mas gostei e dei boas risadas. Só não entendi o por quê da traição daquela turma. A personagem da Uma Thurman (excelente atriz) se ferrou tanto por quê, afinal? Perguntinha básica que eu espero ser respondida do vol.2.
** O fim de semana me fez me sentir meio velha. Explico: fui à festa da minha prima, que completou 18 anos. Não suportei a boate que só tocava Rap de péssimo gosto e remixes de clássicos num volume enlouquecedor. Saí de lá correndo e reclamando 'dessa nova geração'.
*** Picanha na chapa é uma dessas delícias que nunca vou deixar de comer, nunca. Sinto muito, vegetarianos, mas vocês não sabem o que perdem. Macia, molhadinha e com uma fina camada de gordura... humm... A sobremesa pode ser um sundae, daqueles de antigamente, feito no Eddie's.
**** Notícias da minha barriga, em primeira mão: a única coisa que pipoca aqui são as estrias. Neném que é bom, NADA! Ele é calmo, ele não tem pressa, ele só aproveita o vidão aqui nesse útero quentinho e confortável, nadando e se esbaldando.
CAROL.
Postado por Carol ás
9:17 AM|